quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Enfim uma velejada decente

Então, 

FDS de novo e fomos mais para ficar no barco arrumando tudo e lavando do que velejar já que o WindGuru indicava uma calmaira dos diabos. Inicialmente não íamos passar da Ilha do Teixeira mas por causa do Marco resolvemos seguir adiante. 

Estamos com um problema com ele, por ser agitado e ter 6 anos, quer brincar em terra isto é,,, na areia e ja começou o dia dizendo: "Pai, vamos fazer castelinho na areia" mas que areia? Na baia de Pgua é raro um desembarque acessível a veleiro que tenha areia, que eu saiba só tem a Ilha das Peças distante 22 mn, longe pacas.

O WG até que de certo modo acertou, dá uma olhada nas fotos abaixo e vejam o mar de azeite,  mas foi passar a Ilha do Teixeira, distante 5mn que entrou um ventinho animador e lá foram as velas balançar.



Coloquei 2 U-boats no botinho e agora suspendo toda a parafernalha na targa de uma vez só. Sim fica pesado para um 28 pés, mas compensa, até o tanque de gasolina já fica lá dentro, é pratico, rápido e indolor e só baixar e sair. E se der alguma merda, passa a faca nos cabos, pula dentro e vaza. Agora sim, me animei em pegar esse trambolho todos os fins de semana.


E contrariando TODAS as previsões do sistema, esse foi o fds que mais velejei desde que colocamos o barco na água ha um ano. Pra quem não conhece nossa baia, que é linda, segue o mapa e o trajeto até a ilha das peças, Antonina está laaaaa no extremo canto esquerdo. Como temos que fazer muitos bordos, desviar de boias, navios, ilhotas etc chegamos as 19h na ilhas das peças, (antepenúltima seta no mapa) e passamos a noite la. 


Maravilha de velejada, como diz o ditado, "quem nunca comeu melado, quando come se lambuza" e mesmo com velocidade proxima a 4 nós eu me diverti bastante, mexendo a todo instante nas velas para ver como é que funciona essa bagaça. E o Marco, queria porque queria descer para a areia.

Tai o quadro resumo hehehehe


No domingo pela manha contatei o Veleiro Leva Vento (Neusa e Wagner). Estavam se deslocando da Ilha do Mel para a Ilha das Peças,  íamos nos encontrar lá. Partimos da Ilha das Cobras com outro ventão e fomos totalmente à vela. Com a praticidade de baixar o botinho já com motor e gasolina no jeito, foi só ir pra terra, mas ainda falta uma pecinha, as rodinhas do bote, ninguém merece puxar 80 kilos barranco acima.

Ancoragem na Ilha das Peças, o Leva Vento à frente e o Furioso laaaa atrás. 

Tai o casal, moram a bordo ha 1 ano, num 40 pês.


E finalmente o Marco pôs os pés em terra, isto é na areia, foi brincar com a criançada em frente ao restaurante. 

Ficamos pouco tempo para o azar do Marco e fomos ao Leva Vento pra pegar uns arquivos de carta náutica para o OPENCPN, programa excelente e GRÁTIS que indico a todos. Partimos por volta das 15h e 100m após levantar âncora subimos as velas, fomos da Ilha das Peças até Antonina com vento e vela em cima. Em terra a temperatura estava excelente mas quando começamos a navegar tive que colocar mais roupa e depois procurei, mas não achei minha toca (?), e começou uma baita dor de ouvido por causa do frio e depois a dor de cabeça.

Como o vento vinha de popa não sabíamos a força que estava e quando virei para baixar a vela mestra, caraaaaacas que canhão, estava muito forte.

Já na poita foi um parto de ouriço fazer a amarra, o marinheiro foi para auxiliar mas era novato e fez tudo errado, o barco não parava aproado para o vento de tão forte que estava e na 5a. tentativa conseguimos amarrar finalmente. Mais de 2 horas pra arrumar a bagunça e seguimos com o botinho pro clube. Essa hora é dura,,,, quanto já estamos nos acostumando com a vida a bordo, temos que deixar tudo pra trás e voltar pra realidade.

Nunca deixamos de fazer as aventuras por causa do clima, sempre fomos avante, fosse para mergulhar, andar de moto, bicicleta ou escalar e na grande maioria das vezes tivemos excelentes dias, se você se basear pelo que está a sua janela vai  desanimar nunca fará nada, então, levanta e vai.

É isso por hora e foi assim o fds.

T+

JD






quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Ilha do Mel

Então.....

Antes que eu me esqueça, eu TEEENHO que mostrar minha obra de arte. Após um ano consegui, fazer (2x) e finalizar a mesa de jantar que fica no salão principal do barco, logo apos a cozinha, quase ao lado da sala de navegação, e antes do camarote de proa, essa sim ficou como eu queria. Toda em madeira de cedro rosa, lixada e pintada com verniz, só isso. Ficou lindona mas tomou muito espaço, já tô pensando numa reforminha.....

Ó só...




E também faz tempo que estou pra tirar a foto abaixo, do barco na água com as faixas laterais e nome novos, além de ver a linha d´agua. Parece que o outro lado ficou com a linha mais alta porque estou com o paiol cheio de ferramentas, motor do botinho pendurado, tanque de diesel cheio, tanque de gasolina cheio, galão reserva de diesel cheio além do boiler ser de 30 litros que também vive cheio, só o holding estava vazio tudo isso de um lado só, tenho que ver melhor a distribuição.



E como nossa região esta negando vento, fui atrás dele. Demos a volta na Ilha do Mel. Um excelente passeio e desta vez acertamos em cheio em tudo. Com o casco limpo pegamos a vazante de 1,8m em Antonina, 6f. as 22h e "descemos" a ladeira a 7,8 nós de velocidade com 2500 rpm no motor, impressionante! Normalmente a essa rotação no estofo vai a 5 nós e maré contra 3,5 nós, olha só a diferença. Chegamos na Ilha das Cobras muuuito rápido.  Noite sem lua, não enxergava nada, absolutamente nada e achar o ponto de ancoragem foi um parto de ouriço, eu sabia que estava perto do pier da ilha, mas não o via nitidamente porque havia uma neblina fraca que não deixava a luz da lanterna chegar lá e a casa da ilha não acendeu a luz da varanda, então.... Como eu já conhecia o local estava sob controle e ancoramos bem. Cervejinha gelada, salgadinho bate papo e cama, como é bom dormir a bordo.

Abaixo está o roteiro que fizemos, após virar a bombordo na bóia 1, ponto mais externo, pegamos uma brisa fraca mas deu pra passear um pouco. Comigo estavam o Mauricio (vizinho) e o Thilo, um alemão (da Alemanha) que está fazendo um estagio na Bosh e vai ficar na casa do Mauricio por 6 meses. O interessante é que ele ria muuuito por causa da nossa pronúncia quando tentávamos falar algo em alemão, ai dizíamos para ele falar: Barigui, Caipirinha, Curitiba etc,,, ai era nossa vez rir muito, coisa de quem não tem o que fazer, veleiro tem disso. hahahahaha. 


Abaixo a esquerda está o Thilo e a direita o Maurício. O interessante é que deve ter algum problema na Bóia 1, tipo filial do triangulo das bermudas ou trabalho de encruzilhada lá em baixo, ou sei lá, porque o fato é que já é a 2a. pessoa que conheço que 1/2 metro após a bóia 1 chamou o amigo ugoooooo. Ainda não sei o que acontece com essa curvinha mas é danaaaada.

Ahh ficamos mais de meia hora pra achar a palavra BÓIA em alemão ,,,,,,, é bóia, fica ai minha contribuição para o meio náutico.


Aqui passamos pela Ilha da Galheta. O canal é temido e complicado, quando voltei de Porto Belo em fevereiro desse ano, o bicho estava pegando, maré vazante com ondas imensas, sorte que o Marcelo (skiper) tinha experiencia, senão podia ter sido bem mais complicado caso estivesse sozinho. Nas outras vezes que passei lá, foi "normal", com ondas claro, e muitas, mas perfeitamente normal para um mar aberto. Não pegamos nenhum navio dessa vez, mas quando saímos do canal avistamos 4 deles saindo, parecia carreata .... to dizendo...

Ó a cara do tempo, ninguém merece...

Ó a minha cara, depois que passamos o canal da galheta.


E aqui, chegando na bóia 1, a famigerada

Apos a bóia 1 viramos a bombordo e desliguei o motor, marquei um ponto no canal sueste, lado norte da ilha e tentei ir pra la à vela, claro que não deu certo né, esperava o quê? Nesse momento, 4,75 nós de velocidade. até que foi bom. Mas depois pensando em casa, se tivesse vira para o sul poderíamos ter ido a SC, mas fazer as coisas sem planejar não está nos meus planos. Fica pra próxima.


Fizemos alguns bordos e ficamos passeando em mar aberto, mas o vento sendo influenciado pelas ilhas e não ajudou muito. Esperamos a hora da enchente e seguimos para o canal. Esse lado da ilha eu não conhecia, é lindo até nublado, imagina com sol. Abaixo está o forte, tem o farol e mais uma estrutura (torre) que não sei o que é, uma hora volto lá. Já me disseram a baia de Paranaguá é a 5a. maio do mundo e tem muitos lugares pra visitar, pena que nem todos de veleiro, mas estou providenciando um bote, menor de fundo rígido, ai vou rapidamente a qualquer lugar.

Entramos pelo canal Sueste, ao norte da ilha e não consigo compreender porque os navios tem que passar na galheta. Sim,,, tem pedras, muitas, mas nada que a marinha não consiga explodir e limpar, a profundidade é de mais de 20 metros e laaaargo pra caramba, então fica ai a dica, caso 'alguém' la do porto não saiba......

Entramos também a zilhão de velocidade, mais de 6 nós facinho e seguimos para a ilha das cobras almoçar e esperar a maré voltar a encher, é,,, lá é por etapas, não me pergunte o por quê, basta olhar a tábua de marés e vai var que é a conta gotas.
Quando chegamos na poita temos que chamar o botinho de apoio do clube para nos pegar. Ocorre que o Thilo é campeao alemão de remo, então pusemos o cara pra remar hahahaha
Sacanagem, bote cheio, remo desalinhado, câmaras um tanto murchas e um longo caminho, sorte que a maré estava quase no estofo (parada).

Como desgraça pouca é bobagem, quando entramos no canal da rampa, chegou uma lancha para ser recolhida, e dá-lhe remar. Não é a toa que o cara é campeão


Fizemos um total de 62 milhas náuticas em 12h sendo 10h no motor (num veleiro???), só 2h a vela e exatos 24h entre sair da garagem de casa e retornar a ela. Realmente esse fds foi show, só faltou um pouco mais de vento e sol, ai sim que não voltava mais. hahahaha

Agora que sei o "caminho" vou com a Leandra e Marco, mas acertar as marés como a desse passeio vai ser difícil.

T+

JD









sábado, 1 de agosto de 2015

Visitas de férias

Então,,,,,

Mês de Julho, mês de férias e aguentar a piazada em casa é o ó do borógodó e como tinha visita em casa levamos minha cunhada Laura e meu sobrinho Dante para dar uma velejada.

Como chegamos no meio da manhã em Antonina, logo apareceu um ventinho +/-, deu pra chegar a 4 nós de velocidade e ficar riscando a baia meio sem rumo e ao fim da tarde ancoramos na Ilha do Teixeira pra passar a noite e ver a lua, que alias, estava maravilhosa.

Sempre que saímos com o botinho, tenho que dar uma volta com o Marco e agora com o primo junto mais ainda e foi bem divertido. Acho que ele nunca tinha andado num e ficou quieto, tipo....... "hummm o que é que estou fazendo aqui" hahahaha



E os 2 discutindo sobre como pegar o peixe, mas que peixe? Cade o peixe?


Nesse fds tivemos a tal da lua azul, bom, era pra ser azul, mas bater foto com um telefone, é nisso que dá, desculpa ai, mas é o que tinha pro momento. No FB tem umas melhores.

Uma vez me contaram que ter e viver no veleiro era um mar de rosas (?), bom até que é, desde que voce nao tenha nada pra fazer e eu tinha, então fui limpar o casco, porque lavar o convés ficou pra depois. Hoje o Furioso completava 30 dias na aguá após a pintura do fundo e estava ansioso, e preocupado, com o estado dele, ja que em nossa baia é literalmente "o bicho" quando voce demora pra limpar. Vem o musgo e depois a craca e depois a colonia.

Mas desta vez emprestei um equipamento de mergulho autônomo e fui ver qual era. Haviam me dito que não parava, ou sobe muito ou desce muito, que era escuro, que bate a cabeça que é difícil, etc e tal...... pura balela. Tenho alguma experiencia em mergulho e deve ter ajudado porque é fácil e estável com visibilidade suficiente (50cm) e recomendo a todos. 

Eu regulei o jacket para ficar "positivo" isto é leve e sempre subindo, aí me apoiava no casco e pronto, nem força fazia, além do que, fica como tem que ficar, LIMPO e você faz a inspeção geral, anodos, helice, pintura, etc. Como não sabia qual seria meu consumo de ar fui direto na asa da quilha, laaa embaixo, fiquei segurando com as mão como se fosse um troféu, em pé olhando pra cima. Limpei cada cantinho, havia apenas aquela "terrinha' marrom, bem de leve, pois estamos no inverno e com isso pouca craca diminui a atividade, ai passei para o leme e depois o casco todo, limpando também os buracos dos registros. Dos 200 bares que cabem no cilindro, gastei 50 e olha que gastei muuuuito ar, pois estava ofegante e querendo fazer rápido por causa da virada da maré. Quando terminei voltei lá na proa e fiz tudo de novo com mais calma, então com 1 cilindro você pode  limpar 4x o casco de um 28 pés, recomendo, fica lindão e 0km de novo. Com o casco novo e limpo o ganho de velocidade é grande, nota-se rapidamente.

E na manha seguinte voltamos pra casa, com dor no coração, pois o tempo estava excelente 


A listinha de coisas a fazer está diminuindo leeentamente, mas o barco está ficando mais prático pra usar, vamos pegando a mão e eu a Leandra vamos sinconizando as tarefas e  O Cabinho estava certo vai mais de ano pra deixar o barco como queremos hehehe.

T+

JD

sábado, 25 de julho de 2015

1a. Regata do Furioso

Então,

Cá estamos de volta. Não ficamos parados não, é que o clima aqui no sul está de irritante a decepcionante isto é, sem vento, nada absolutamente nada.

Mas eis que o clube organizou uma regata em Julho, eu particularmente não gosto muito e não gosto porque não tenho conhecimento técnico para tanto, enfim, cada um sabe onde doi o calo então voltemos à rinha,,, opss regata. 

O Mauricio, amigão meu dos tempos de moto, veio junto para comandar o barco e dar as coordenadas de como participar, o problema é que havia muito tempo que não nos víamos e ficamos bebendo e fofocando, isto é, tecendo comentários, homem não fofoca.....
E no meio das rizadas, conversas e lembranças perdemos a largada hahahahahaha.
Ohhh meu Deus!! Como a maré estava na vazante nem notamos nossa posição e passamos da boi de largada, tivemos que voltar à vela, contornar a dita cuja e seguir a galera. Até que estávamos rápido e íamos recuperar algumas posições, pois o Furioso navega muito bem no contravento mas estávamos muito atrás e quando contornamos a boia e pegamos vento de popa acabou a regata pra nós porque não tenho vela balão e os caras dispararam na frente, ali liguei o motor, passei todo mundo e fomos beber..... pronto, minha 1a. regata rsrs.


Tai o povo zanzando esperando o sinal.


Aqui outros barcos laaaaaa na frente.


Olha só o mar, fazer o que né? Mas a prosa foi boa. 


 Tentamos abrir asa de pombo, isto é, uma vela de cada lado, mas não chegávamos nem a 1 nó de velocidade, pra quem não sabe isso dá 1,8 km/h, até quem tem insonia nao resiste e capota.

Pena que a cerveja acabou, mas o papo continuou, vamos aguardar a proxima, ai ja vamos mais expertos e preparados,,,, na próxima vamos ganhar................... claro.

T+

JD

quarta-feira, 15 de julho de 2015

Manutenção e obras

Então,

Quase 1 ano de vida e o barco foi pra terra pra manutenção, as únicas obrigatoriedades eram trocar o óleo da rabeta por baixo e o anodo. A 1a. troca é bom fazer fora da água para tirar o óleo por baixo, caso haja resíduo de limalha sai junto porque retirar por cima não é garantido. 

De resto, não que estivesse precisando mas estava ansioso para ver em detalhes de como estava o fundo, o Hélice, a quilha, os registros, etc. Mexi no leme de novo, desta vez estava prendendo na bucha de cima e havia o problema da carreta também pois o dono iria usar por um longo tempo e tinha que ser agora ou só em setembro.

Nos dias com chuva (muitos) e a noite eu trabalhava dento dele, revisando, apertando e limpando o mofo, sim mofo, como aparece, tem que passar pano com vinagre periodicamente senão começa a ficar escuro e feio, além do mal cheiro.

O pessoal diz simplesmente que a cada x tempo é só "repintar" o casco,,, quem diz isso, assim, tranquilamente, acho que nunca fez, ou pagou pra fazer, ou é masoquista né. Ahh claro, se fizer do modo certo, senão realmente é só "repintar".
Lava, lixa, lava, lixa, tira TODA  a gosma, empasta a lixa, lava com água doce e detergente, AÍ SIM começa a pintar, fácil né? Nem vou descrever em detalhes porque meu braço, costas e pescoço ja se manifestaram, então fica a dica. Fazer do modo certo não é fácil não, e se alguém te cobrar uma fortuna não reclame pois o negocio é simples mas é foooooda, entendeu né?

Bom, a foto abaixo é de como ele chegou, mais careta impossível né?. No lançamento, quando decidi (decidi?) esse fonte de letra do nome, nem me toquei, pois estava concentrado no tamanho e como só trabalho com essa no excel, foi essa mesma. Mandei plotar por email e passei 7:45 da manhã na empresa pra pegar e sai correndo, isso foi em 9 de agosto do ano passado. Tá, ficou digamos assim,,,, boa, cumpre o que promete. Eu também havia mandado fazer a faixa lateral, mas não houve tempo de pôr nem o nome, imagine a faixa que toma horas pra nivelar. Outro ponto que fará diferença é o tamanho do berço onde está apoiado o barco, vejam que é alto.


Pra esconder a bagunça, fiz essas portinhas a boreste (lado direito do barco), correndo por 3 trilhos esculpidos na madeira, obra do meu amigo Zilmar. E colocar isso no lugar,,,,,,,,, foi o cão chupando manga, ainda não acabei,,,, é claro, mas ficou bom.


o dia do lançamento, fiz a pintura do fundo ultra rápido, sem experiencia, fazendo as maiores barbaridades, até que ficou bom, mas desta vez, fiz com calma sem ninguém me interrompendo (ahh,,, isso é outra historia pra mais tarde). Então, na foto abaixo é a mufla do buraco da rabeta, estava solta e presa somente por pressão da borracha, agora tem muuuita sika e passei a venenosa em toda ela para não deixar frestas e melhorar a hidrodinâmica, agora acho que ganhei uns 5 nós de velocidade, só ai, hehehehehe




E Tchaaaan,,, ai está o (ainda novo) Furioso, com a lista, fonte de letra nova, costado de boreste finalmente lixado mas com a lixa 240, falta a 400, 600 e 1200 que ALGUÉM ira fazer, que com certeza não serei eu, jamais.




E aqui, preparando para o retorno à poita


E foi,,,,,,


Mas somente até aqui,,, putzz. O berço era a versão grande e faltaram  uns tantos centímetros para ele boiar, e ficou ali mesmo, só na maré do dia seguinte foi pra poita.


E no fds seguinte fomos pro barco pra terminar de arrumar. Tai o Marco ja aprendendo o oficio, lavou a louça toda, sem quebrar e ainda com a água salgada, apertando o pedal da bomba.


E como no mar (e no inverno) anoitece cedo, 7h da noite ja estava pronta a janta e seguimos sem fazer nada, lendo, brincando e descansando. Nesse dia fomos dormir as 22h e acordamos as 9h da manhã, quase 11h de sono hehehe. Dormi bem porque estávamos na poita senão acordaria de hora em hora.rsrs


E pela manhã, mas nem tão manhã assim, ai está a previsão de tempestade que os sites anunciavam.


Se nós acreditássemos nessas previsões de tempo, não teria voado de parapente, saído de moto, mergulhado e tantos outros passeios que insistimos em ir contra e o tempo ajudou um bocado.


Nesse domingo havia um passeio de caiaque em Antonina, aproximadamente uns 40 ou 50





E foi isso no ultimo mês, nada alem trabalho e esse único dia de folga. Não é que veleiro dê trabalho, sim dá, mas nem tanto, é que eu não havia terminado a obra quando ele foi pra água ha um ano então todo fds fico arrumando ou terminando as coisas. Nem sempre fica como eu quero, então refaço e nisso vai o tempo. Uma hora acaba,,,, quando ficar do meu jeito.

T+

JD

quinta-feira, 18 de junho de 2015

Ilha Rasa

Então,,

4 dias de feriado, 9 veleiros, 3 lanchas, todo mundo merece né? Uma vez, não sei onde (nem me interessa mais) vi uma reportagem dizendo que o brasileiro era feliz porque tínhamos futebol, muitos feriados e praia, Bom,,,, o cara era estrangeiro, na próxima vida, se ele nascer por aqui, saberá porque somos felizes e não em apenas em um fds passado por aqui, enfim, cada um, cada um.

Chegamos no domingo a noite e olha só o tamanho da bagagem para apenas 4 dias, imagina quando formos passar as próximas férias, programadas para 20 dias embarcados, hehehe.


Como chegamos beeeem tarde, o Marco já estava entregue e como somos regidos pelas leis de Murphi, a maré estava seca, muito seca, então tivemos que levar tudo isso laaaaa no pier 2 além de ter que pegar o bote de apoio e descer a rampa toda enlameada e como se não bastasse, montar o dog house (parabrisa) e o bimini (toldo de lona) as 1h da manhã.


Dia seguinte, domingão lindo. A programação era passar o fds na Ilha Rasa, numa festa de aniversário de um velejador que tem casa la, e foi a tropa toda. Saí logo atrás do Relax, do Renato, porque estava com receio de ter neblina mais pra frente e como ele tem radar, fui na cola. Tem gente que não gosta de eletrônicos, eu adoro. Com a maré vazante, chegavamos facinho a 7,5 nós, isso era 50% a mais de velocidade que normalmente faz o barco no estofo e sem o menor esforço do motor que estava a 60% de aceleração, é uma diferença absurda.


Em 2 horas e meia chegamos ao Porto de Paranaguá o que normalmente faziamos em 4 horas e com o Jarbas instalado, podemos desfrutar de momentos como este. Como nem tudo são rosas, tem que ficar ligado em 220 e cuidando todo tempo pois o piloto automático é só pra manter o rumo.


Chegamos na ilha das Peças ainda pela manhã e saímos caminhar e comer, desta vez sem as famigeradas Butucas mas com alguns "pórvinhas" que incomodavam muito. Aqui estamos preparando a ancoragem e ainda sem o guincho de âncora.

A ilha das peças tem uma ancoragem não tão tranquila mas dá pra passar a noite e é virada em restaurantes. Há controvérsias de qual é melhor na comida, no atendimento, se atende $$omente algun$$ etc etc etc, eu não quero tapete vermelho e banda, só quero comida quente e cerveja gelada e que seja servida em tempo hábil, para não vir crua ou demorar demais, só isso. Acho que não é pedir demais né?

E nesse restaurante fomos muito bem servidos.

Fim de tarde na ilha das Peças e o povo já ancorado.



E no domingo pela manhã, saímos bem cedo, para pegar e enchente e nos empurrar para a Ilha Rasa, olha só como estava o tempo, tudo trocado. A foto abaixo era do norte (nosso lado direito), normalmente tem tempo bom, pois a frente fria vem do sul. Foto feia, cinza, carregada sem a menor graça e todos nós no motor.

Essa foto é do Oeste (para frente), olha só a linha das nuvens.

E essa do Sul (lado esquerdo), com sol, cor, vida e animação. O barco abaixo é do André, o Sunmar, de 31 pés.


Esse é o Relax, um Skipper 30 impecável do Renato


E aqui a família buscapé.


É "nóis" na foto.

Um estranho no ninho hahahahaha. Essa lancha estava conosco lá na Ilha da Peças, amigo de um amigo. O cara acordou super tarde, fez o café, tomou sem pressa alguma e zarpou, contou até 10 e chegou aonde estávamos, pois havíamos saído uma eternidade antes. Quando se aproximada perguntou como ele deveria passar pelos 5 barcos da flotilha e um respondeu: "Passa fazendo um zigue zague entre os veleiros" e outro disse, "gente, não atira,,, é amigo" hahahaha. Chegou na boa e para o desespero dele nós acompanhou a meros 5 nós.

O Marco no "camarote" de convés.

Chegando na Ilha Rasa


E aqui a flotilha já ancorada

O Andre, do Sunmar, comprou 4 peixes de um pescador, um deles ainda vivo e fez na grelha. Eu já tinha ouvido que peixe fresco, sem ter tido contato com o gelo era muito mais saboroso, mas comer um peixe assim é difícil, tem que pegar com o pescador e na hora. Confesso que fiquei surpreso com a diferença de gosto, é muito mais gostoso, até me animei a aprender a pescar, mas isso é outra historia.


Ao longo do dia chegaram mais 3 veleiros e 3 lanchas. 


Estou pensando em trocar o meu botinho, ele tem 2,7 metros pesando 35 kilos e um motor de 8hp de 28 kilos mais o tanque de combustível de 12 litros, Em mar calmo até que é viável colocá-lo a bordo mas se estiver mexido fica perigoso. O Marco adora dar umas voltas com ele, principalmente quando plana, ai o moleque fica faceiro por isso estou com aperto no coração em fazer a troca, mas um bote de 2m com motor de 5hp, sem o tanque ia ser de uma ajuda imensa.

E aqui, minha última obra de arte: A mesa de jantar. Após 10 meses do lançamento do barco na água a obra ainda não terminou. Eu havia feito uma em compensado com fórmica mas sabe quando você olha, olha, olha e não se convence? Comprei 3 tábuas de Cedro Rosa e fiz outra, com já tinha o molde foi fácil e numa manhã estava pronta, agora é só dar acabamento. Passei a manhã instalando ás pressas e quando pronta para o café da manhã, a Leandra disse: "Ahh não, café da manhã é lá fora." E a mesa continua virgem......

 O Prieto, do Tutatis, tem um drone e fez esse vídeo da ilha e da ancoragem. Vale a pena ver. 


Ficamos 4 dias embarcados, com um pessoal prá lá de gente boa e entre eles 3 que deram a volta ao mundo de veleiro (A Famila Portela que publicou o livro Três anos, três oceanos, Prieto do veleiro Tutatis e o Crespo) e assunto tínhamos para uma vida toda.

Foram 9 Veleiros e 3 lanchas, 60 milhas de navegação num espetacular feriado, pena que sem vento, assim fica difícil aprender a velejar né? Mas valeu a pena, comprovei que meu sistema de baterias é somente para fds, mais que isso vai faltar energia, então terei que fazer mais algumas instalações: Mais 2 baterias, placas solares maiores e um gerador eólico potente assim posso manter a geladeira na potência máxima o dia todo. Tenho geladeira e vaso sanitário elétricos que não abro mão, tem gente que não tem e não sente falta. Eu sinto hehehe, e ainda faltam: AIS, SSB, sonar reserva, e outros brinquedinhos.

Foi isso, agora o Furioso vai pra terra para algumas manutenções corretivas e preventivas. Logo estaremos na água de novo.

T+

JD