quinta-feira, 21 de abril de 2016

Os Goles....


Olha só,,,, 

Muita gente mostra no face, blogs, instagran etc, somente os goles,,,, mas os tombos guardam a 7 chaves hahahaha

 Eu tento mostrar o dia a dia quando tenho fotos, tipo o meu encalhe na volta da Ilha dos Papagaios, encalhei ué, e dai cagada minha.

Mas como também sou filho de Deus, AQUI VÃO OS GOLES......

No feriadão de Abril, sem combinar nada e apenas perguntando se alguém ia descer ou não conseguimos reunir 7 barcos numa só âncora pra fazer um xurras comunitário,,,, como esse pessoal bebe, meeeeu Deus!


Quando sai para dar um rolé com o Marco, consegui fazer essas fotos no botinho.



Cada barco tinha um botinho e atrás pena que não subi no mastro pra bater umas fotos, ia ficar bonito, num deles enchemos d'água e virou uma piscina,,, diversão certa.



Fica um emaranhado de peças de barco que eu via a Leandra mas não conseguia identificar em que barco ela estava,

Naquela noite rumamos para a ilha cotinga rasa, em vermelho abaixo, lugar extremamente calmo que infelizmente não tenho foto. Pernoitamos lá com um calor dos infernos até o meio da madrugada e pela manhã, com um ventinho de Sul soprando, Furioso e Teimoso zarparam para dar uma velejadinha.



Como o vento estava variando de força e direção a todo momento, vi que a "velejada" ia miar e decidimos dar a volta na Ilha do Mel, saindo pela Galheta e entrando pelo canal Sueste. Gosto desse passeio porque passa pela pauleira do canal, pega mar aberto sempre mexido e está a 1h da salvação, caso dê algum problema no barco ou nos tripulantes.

Na saída, passando pelo monumento à corrupção do governo, pouco antes do canal da Galheta a Boreste (quem conhece sabe), ouvimos, pelo rádio, nosso amigo André e o convidamos para ir conosco dar a volta na ilha, O cara manja bem e é bom ter mais experientes por perto mas ele recusou e disse que já estava indo embora, insistimos novamente mas recusou.

Ai, nos aproximando do canal a Leandra já arregalou os olhos e fechou a cara, é difícil ela fazer isso, só mesmo quando a coisa fica feia. Digamos que o canal não estava assim ééé "muito amigável" pra não dizer uma merda. Havia um baita vento sul entrando (Tóiinn!!!) mas avaliei que ainda dava e seguimos, o Furioso e o Teimoso do Mauricio e Vera, só faltou o Relax para fechar a Flotilha "Temperamental" kkkkk
Pra quem não conhece o famigerado Canal da Galheta é ali na ponta da seta preta na imagem abaixo.
É um canal que te leva pra fora dos bancos de areia que estão beeeem ao lado (ambos),passando a boia 1 (onde virei a bombordo) ja está safo.
                               


E o caldeirão começou a ferver, essa é a sensação que temos quando passamos ao lado da ilha da galheta, bem no canal. Ohhh lugarzinho chato, as ondas vem de todos os  lados e grandeinhas, aliás   muuuito grandes, na minha singela avaliação. Ai sim a Leandra ficou preocupada e já meteu a boca disse que ia dar merda. Putzz, isso me deixa muito puto da vida dizer que vai afundar não resolve nada. E a coisa piorou, pqp !!. Quando passávamos as ondas, elas eram tão grandes que a proa ou fazia um baita bigode ou enterrava o bico na água, numa delas a água subiu até a gaiuta principal, ai a Le quase teve um chilique, mas nada é tão ruim que não possa piorar. Ok eu poderia ter diminuído o motor, mas queria sair dali rápido.

Na maior onda que pegamos (eu acho) o barco não subiu,  escalou a parede e desceu feito uma martelo sem cabo. Caaaara pensa num barco despencando da onda e um puta barulhão quando achou água.  A queda foi tão grande que a espuma começou ao meu lado, e olha que estava na cana de leme láááá atras do barco, deu uma bordoada que pensei que ia achatar o casco. Olho para o lado e o Teimoso também estava no ar e em seguida desceu com tudo, Ohh visão do inferno, no youtube é mais divertido, quase deu pra ver a quilha. Depois o Mauricio me disse: "cara,,, o casco do Furioso está bem limpinho" kkkk

E nós ainda na pauleira mas já passado o canal ouvimos o André chamar no rádio o Iate Clube de Pgua seguidamente,,,,, é óbvio que ninguém respondeu, disse que estava fazendo água e nada do IAP responder, ai emitiu o código de perigo e o povo ajudou, chama daqui, chama dali e fazendo água no barco. Já estávamos lá no raio que o parta quando começou o pedido de socorro e estou com problema no cabo do rádio externo (só consigo ouvir la fora) não conseguia conversar com ele e além do que entrar na cabine era suicídio. 

Passado um momento o Andre avisou que conseguira estancar o "furo" e seguiu para Antonina. Bom,, passado o susto dele e a preocupação nossa com ele, lembrei do mar a nossa frente e já virando a bombordo na boia 1 seguimos para o lado norte da ilha para entrar pelo canal sueste e a Leandra já puta da cara. Sim o mar estava mexido (um pouco), tinha um ventão, mas de popa e as onda crescendo, mas tudo "dominado". O piloto ficou zureta e tive que desligar, levei na mão até passar a entrada do Sueste.

Ai ouvimos outro chamado de auxilio, no rádio. Um lancheiro estava parada na ilha Currais (acho ue umas 15 milhas) com uma lancha 37 pés chamando o Iate Clube de Guaratuba, pedindo instrução para entrar na barra porque ele não conseguia navegar com aquele mar e queria se abrigar lá. O cara de Guaratuba disse que não seria fácil para quem nunca havia estado lá. O lancheiro disse que nao conseguia avançar por causa das ondas, que estava indo a 5 nós no máximo (e eu num veleiro a 6 nós). Acho que nenhum de nós deveria estar lá, mas....

Ai o cara de Guaratuba disse pra ele voltar a Pgua, que pegaria o mar mais "calmo" já que estaria a favor do vento e das ondas e nisso o lancheiro disse que passar na galheta estava impossível, ai sim a Leandra teve o chilique, porque ela teve certeza que não deveriamos estar ali "passeando".

Depois disso não ouvimos mais o lancheiro, como não vimos nada na mídia escrita, falada e fofocada, acho que não afundou, deve ter ido devagar e chegou depois de muito perrenge.

Mas não só issoooo,,, nesse meio tempo lá no Teimoso o enrolador de genoa, teimava em não enrolar e o vento sul apertando cada vez mais e nada de recolher uma baita genoa 150% que o cara tem. Não deu outra, a Verinha foi pro leme e o Mauricio foi de proeiro segurar o boi bravo e ver o que tinha acontecido e tentar recolher a genoa na unha com um mar, digamos "agitadinho" e um ventinho de entrada de frente fria, so isso. Ele está vivo,,,,, e bem, meio zonzo ainda, mas vai se recuperar, o cara é forte, acho que não ficarão sequelas kkkkkkk

Mas voltando à minha situação não tão confortável também.

Como era vento sul e ondas quase que a favor também, a todo momento íamos a 9 ou 10 nós nas surfadas, bem divertido, adoro fazer isso mas não alertava a Leandra para ver o tamanho da onda que estava chegando, do tipo que não deixava ver o MASTRO do Teimoso que estava perto e descíamos tudo aquilo,,, ohhh trem bão sô. Tem gente que não gosta de entrar pelo sueste com vento sul, que tem onda grande, polvo gigante e redemoinho, disco voador etc, não que eu entenda alguma coisa mas até agora tivemos sorte e olha que já peguei vento de 25 nós entrando na galheta, mas claro que nesse dia estava com Marcelo, o skiper que me levou e buscou em Porto Belo em 2014. Enfim, entramos pelo canal sueste super tranquilo, ai tudo passa, o vento acaba (pra variar) a Leandra volta a respirar mas continua de cara fechada e o Marco vem pra fora pra saber se já chegamos porque ele quer brincar e eu também volto a respirar e tento fazer o batimento cardíaco baixar de 200, foi legal, mas a Leandra disse que não é a praia dela, então travessias ela não vai por enquanto. Quando ela acostumar mais com o barco e pegar a mão tudo se resolve.

Rumamos para a Ilha das Peças novamente, eu lá no paiol, tranquilo, (fazendo manutenção) ouvimos uma voz perguntando se tinha cerveja a bordo, olhamos ao redor e não vimos barco encostado no Furioso. Por fim é o maluco do meu vizinho com a filha de 9 anos (Mauricio e Sofia) na água. Foram nadando da margem até o barco, olha só a distancia na foto e a Sofia, lá, firme e forte. Desci o botinho e fui buscar o resto da turma para a visita.


Após a visita levantamos ferro e preparamos o retorno. O Marco, tentando entender porque puxar um monte de corrente e um baita ferro na ponta, ele so diz "ahh tá"



Essa é uma das poucas praias , distante quase 25 milhas da minha poita, chegar até aqui é um evento.



Na saida, lembrei que havia uma prainha na ilha do mel que ainda não tínhamos ido e fui la ver profundidade local etc. No caminho vem um jet voando baixo em nossa direção e nada do cara desviar. Chegou bem perto e parou, ai pude identificar o Rogério, outro construtor de Samoa 28 em casa, ele esta fazendo um igual (?) mas de espuma, beeeem leve. Vai ficar um canhão nas regatas. Tai as fotos do casal.

Amarramos o botinho e jet na popa e fomos conversando. Mostrei o barco pra esposa dele que comentou do fogão. o Rogério disse que não teriam a bordo, porque não precisava etc e tal, ai eu disse que fazer um cafezão com pão de queijo no inverno era tudo de bom. Foi o suficiente para ELA mandar ele comprar o fogão hahahahaha




Esse foi o feriadão, muito bom, cheio de atividades, comidas e festas. Você sai da obra do barco mas a obra não sai de você e a todo momento fico vendo o que dá pra mexer e melhorar, mas nesse fds não fiz nada só fiquei nos GOLES.

T+

JD