quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Ilha do Mel

Então.....

Antes que eu me esqueça, eu TEEENHO que mostrar minha obra de arte. Após um ano consegui, fazer (2x) e finalizar a mesa de jantar que fica no salão principal do barco, logo apos a cozinha, quase ao lado da sala de navegação, e antes do camarote de proa, essa sim ficou como eu queria. Toda em madeira de cedro rosa, lixada e pintada com verniz, só isso. Ficou lindona mas tomou muito espaço, já tô pensando numa reforminha.....

Ó só...




E também faz tempo que estou pra tirar a foto abaixo, do barco na água com as faixas laterais e nome novos, além de ver a linha d´agua. Parece que o outro lado ficou com a linha mais alta porque estou com o paiol cheio de ferramentas, motor do botinho pendurado, tanque de diesel cheio, tanque de gasolina cheio, galão reserva de diesel cheio além do boiler ser de 30 litros que também vive cheio, só o holding estava vazio tudo isso de um lado só, tenho que ver melhor a distribuição.



E como nossa região esta negando vento, fui atrás dele. Demos a volta na Ilha do Mel. Um excelente passeio e desta vez acertamos em cheio em tudo. Com o casco limpo pegamos a vazante de 1,8m em Antonina, 6f. as 22h e "descemos" a ladeira a 7,8 nós de velocidade com 2500 rpm no motor, impressionante! Normalmente a essa rotação no estofo vai a 5 nós e maré contra 3,5 nós, olha só a diferença. Chegamos na Ilha das Cobras muuuito rápido.  Noite sem lua, não enxergava nada, absolutamente nada e achar o ponto de ancoragem foi um parto de ouriço, eu sabia que estava perto do pier da ilha, mas não o via nitidamente porque havia uma neblina fraca que não deixava a luz da lanterna chegar lá e a casa da ilha não acendeu a luz da varanda, então.... Como eu já conhecia o local estava sob controle e ancoramos bem. Cervejinha gelada, salgadinho bate papo e cama, como é bom dormir a bordo.

Abaixo está o roteiro que fizemos, após virar a bombordo na bóia 1, ponto mais externo, pegamos uma brisa fraca mas deu pra passear um pouco. Comigo estavam o Mauricio (vizinho) e o Thilo, um alemão (da Alemanha) que está fazendo um estagio na Bosh e vai ficar na casa do Mauricio por 6 meses. O interessante é que ele ria muuuito por causa da nossa pronúncia quando tentávamos falar algo em alemão, ai dizíamos para ele falar: Barigui, Caipirinha, Curitiba etc,,, ai era nossa vez rir muito, coisa de quem não tem o que fazer, veleiro tem disso. hahahahaha. 


Abaixo a esquerda está o Thilo e a direita o Maurício. O interessante é que deve ter algum problema na Bóia 1, tipo filial do triangulo das bermudas ou trabalho de encruzilhada lá em baixo, ou sei lá, porque o fato é que já é a 2a. pessoa que conheço que 1/2 metro após a bóia 1 chamou o amigo ugoooooo. Ainda não sei o que acontece com essa curvinha mas é danaaaada.

Ahh ficamos mais de meia hora pra achar a palavra BÓIA em alemão ,,,,,,, é bóia, fica ai minha contribuição para o meio náutico.


Aqui passamos pela Ilha da Galheta. O canal é temido e complicado, quando voltei de Porto Belo em fevereiro desse ano, o bicho estava pegando, maré vazante com ondas imensas, sorte que o Marcelo (skiper) tinha experiencia, senão podia ter sido bem mais complicado caso estivesse sozinho. Nas outras vezes que passei lá, foi "normal", com ondas claro, e muitas, mas perfeitamente normal para um mar aberto. Não pegamos nenhum navio dessa vez, mas quando saímos do canal avistamos 4 deles saindo, parecia carreata .... to dizendo...

Ó a cara do tempo, ninguém merece...

Ó a minha cara, depois que passamos o canal da galheta.


E aqui, chegando na bóia 1, a famigerada

Apos a bóia 1 viramos a bombordo e desliguei o motor, marquei um ponto no canal sueste, lado norte da ilha e tentei ir pra la à vela, claro que não deu certo né, esperava o quê? Nesse momento, 4,75 nós de velocidade. até que foi bom. Mas depois pensando em casa, se tivesse vira para o sul poderíamos ter ido a SC, mas fazer as coisas sem planejar não está nos meus planos. Fica pra próxima.


Fizemos alguns bordos e ficamos passeando em mar aberto, mas o vento sendo influenciado pelas ilhas e não ajudou muito. Esperamos a hora da enchente e seguimos para o canal. Esse lado da ilha eu não conhecia, é lindo até nublado, imagina com sol. Abaixo está o forte, tem o farol e mais uma estrutura (torre) que não sei o que é, uma hora volto lá. Já me disseram a baia de Paranaguá é a 5a. maio do mundo e tem muitos lugares pra visitar, pena que nem todos de veleiro, mas estou providenciando um bote, menor de fundo rígido, ai vou rapidamente a qualquer lugar.

Entramos pelo canal Sueste, ao norte da ilha e não consigo compreender porque os navios tem que passar na galheta. Sim,,, tem pedras, muitas, mas nada que a marinha não consiga explodir e limpar, a profundidade é de mais de 20 metros e laaaargo pra caramba, então fica ai a dica, caso 'alguém' la do porto não saiba......

Entramos também a zilhão de velocidade, mais de 6 nós facinho e seguimos para a ilha das cobras almoçar e esperar a maré voltar a encher, é,,, lá é por etapas, não me pergunte o por quê, basta olhar a tábua de marés e vai var que é a conta gotas.
Quando chegamos na poita temos que chamar o botinho de apoio do clube para nos pegar. Ocorre que o Thilo é campeao alemão de remo, então pusemos o cara pra remar hahahaha
Sacanagem, bote cheio, remo desalinhado, câmaras um tanto murchas e um longo caminho, sorte que a maré estava quase no estofo (parada).

Como desgraça pouca é bobagem, quando entramos no canal da rampa, chegou uma lancha para ser recolhida, e dá-lhe remar. Não é a toa que o cara é campeão


Fizemos um total de 62 milhas náuticas em 12h sendo 10h no motor (num veleiro???), só 2h a vela e exatos 24h entre sair da garagem de casa e retornar a ela. Realmente esse fds foi show, só faltou um pouco mais de vento e sol, ai sim que não voltava mais. hahahaha

Agora que sei o "caminho" vou com a Leandra e Marco, mas acertar as marés como a desse passeio vai ser difícil.

T+

JD









2 comentários:

  1. Muito bom bom seu passeio... dá próxima vez leva um holandês da Holanda....
    Um abraço

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    1. hahahaha, é que tem holandes de Carambei, esses tendem a serem bons marinheiros .

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