quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Finados - Chuuuuuuuvaaaa

Então,

É inacreditável a quantidade de dias ruins que estamos tendo aqui no sul, é frente fria em cima de frente fria e ja tem algumas no acostamento esperando vaga.

Já encheu o saco, falando num português bem claro. Basta ver nas fotos dos posts anteriores, quantos têm o céu azul, ninguém merece....

E nesse fds (Finados) não foi diferente, aliás foi sim, choveu de sábado ao meio dia até segunda feira fim da tarde, o tempo TOOOODOOO e até que não foi de todo perdido porque assim a experiência do que é ficar ficar 3 dias enfurnado no barco kkkkkk

Ai vem o problema da geladeira, versão 18 capitulo 432 release 456 B. Após um longo e tenebroso inverno,,, finalmente a geladeira funcionou. É um kit da Elber Geladeiras, sim, ele funciona e bem, quando funciona. Como atenuante, consome apenas 1,5Ah, muito bom para uma geladeira mas deu um bocado de dor de cabeça.

Nessa foto mostra a carga de gas no kit novo que recebi.


Ai descobri outra merda, na foto abaixo é a rabeta, uma SD20 da yanmar, e ACHO que vem com motores até 29hp, nao sei, nao pesquisei muito, mas nao importa, a merda é que pra trocar o óleo, tem que tirar o barco da água,,,,, legal né? O óleo sai apenas pela ponta da rabeta láááá embaixo, somente o modelo  SD40 possui uma enjambração que você conecta num buraco e puxa o óleo, enfim agora tenho que esperar lua, alugar uma carreta, retirar da agua, trocar o óleo, e pagar a diária em seco, só isso muito simples. PQP, se arrependimento matasse estaria morto e seco. Parece simples, mas e se eu estiver lá em angra? Quanto custa essa retirada da agua, só lembrando, aqui em pgua usa-se muito o motor. As 100 horas do óleo foram utilizadas em 4 meses com uma ida a São Chico, fim do ano vamos a Ilha Grande e se nao tiver vento, serão 60h no motor, e ai? Faço o que?

A sujeira na rabeta é proposital, é pó de madeira, se houver vazamento de óleo ou água consigo determinar de onde vem.


Bom, então, diminuída a raiva e frustração que estou sentindo e após arrumar a geladeira, limpar o casco (de novo) e aguentar 3 dias de chuva, mas chuuuuva, vamos à parte boa do feriado.

Fomos com o Relax, do Renato e Caci até a Ilha das Peças e nos juntamos ao Zefiro do Zigot, e lá ficamos, literalmente chumbados ao chão, comendo, bebendo, conversando, dormindo e,,,,,, limpando o barco kkkkkk, mofa tudo com esse tempo. 

A Leandra já está entregando as betes. Ocorre que pra sair de casa, tem que arrumar, chegando no barco, tem que arrumar, saindo do barco tem que arrumar, limpar, e lavar, é muita coisa pra tão curto espaço de tempo.

Já perdemos as contas de quantos dias nesse ano está chovendo ou nublado ou que o sol não aparece. No sábado fizemos um xurras a bordo do Relax e no domingo foi no Furioso, como tenho uma proteção lateral, ficou mais confortável, mas ainda sim molhado e frio.Olha a churrasqueira em posição, a sorte é que com o vento forte o barco aproava para ele e não chovia nada lá atras kkkkk


Ai o pessoal do todo


 E o Zefiro


Na 2a. feira pela manha,comendo,,, de novo. Ohh coisa boa.


E aqui o resumo da viagem, esse tempo em movimento, foram feitos a MOTOR, Na volta, saindo da ilha o vento chegou a 20 nós de velocidade e fiquei com medo de abrir a mestra ficando somente com a genoa,  que já adernava bem o barco e fazíamos uns 5 nós de velocidade.

Passando o porto de Paranaguá o vento miou de vez, dos 20 que estava uns passos atrás para zeeeero. E ainda não me acerto com a tábua de marés, indicava 12:17 o estofo da maré baixa e ajustando com a hora de verão começou bem mais tarde que o previsto. Chegando ao clube com maré cheia já abasteci de água, agora está com 400 litros nos tanques, 80 litros de diesel e quando for de novo, irão mais 4 packs de cerveja 1 cx de vinho, 20 litros de agua potavel etc,,,, pesadinho né?  

Ahh o óleo,,,, nao sei, nao tem como trocar e vai vencer em mais 10 horas ai vejo o que faço.

Alguem tem um pé de galinha pra vender?

É isso,

T+

JD





domingo, 18 de outubro de 2015

1a. travessia - São Chico

Então,,,,,

Finalmente, após 1 ano e 1 mês, fizemos a 1a. travessia da família, fomos com a ABVC (Associação Brasileira e Velejadores de Cruzeiro) a São Francisco do Sul, total de 147 milhas náuticas, ida e volta né, claro e desde Antonina. Para nós, do fundo da baia, chegar a mar aberto é um parto de ouriço, é longe, muito longe. Ok, para os gaúchos é pior, mas cada um com seus problemas, o meu é chegar à boia 1, distante 22 milhas.

Nos encontramos em Paranaguá no dia 10 (Sábado) para sairmos no domingo pela manha mas por conta do clima saímos somente na 2a. feira, dia 12. Fomos em apenas 3 barcos, o Jazz 4 do Volnys de Santos, o Catamarã 100% Justo de Morretes e nós.

O Sábado, ja começou com trabalho pesado, limpar o casco. Para chegar na Ilha do Teixeira foi sofrido, com 2500 rpm no motor não passava de 3.5 nós de velocidade onde  geralmente chega a 6 ou 7 nós. Montei o material e mergulho fui pra baixo. Após 1:30h de um cansativo trabalho de tirar as CRACAS, isso mesmo crácas, aos montes, detonei meio cilindro de ar. Em 30 dias o casco passou de 0km, lindão, reluzente para uma montoeira de sujeira. chega a desanimar, já vi que tenho que limpar a cada 20 dias, pqp, ninguém merece.

Bom, ai foi fácil chegar a Pguá, vazante e motor a 2000 rpm a velocidade foi facinho a 7 nós, olha só a diferença de performance.

Claro que a chuva não poderia faltar, olha ai a "paisagem".


 Na saída era tudo alegria

E já preparei o bote para a a travessia, subi ao máximo e amarrei-o ao casco com a cinta de catraca para não balançar, funcionou bem mas dá para melhorar esse processo ainda é trabalhoso.

 Como passamos o domingo em Pguá, fizemos uma caminhada ao mercado central,,,


.... e ao aquário, muito legal, haviam peixes que nunca havia visto, tem até pinguins.


Zarpamos as 4h da manha de 2a. feira rumo a São Chico, frio, chovendo e vento fraco de nordeste. O mar estava calmo, bem calmo e o piloto funcionou bem nos levando o tempo todo.


Aqui quase meio dia, olha a calmaria do mar, sem ondas.



E aqui a flotilha toda com o jarbas trabalhando


Bom,,,, a viagem foi perfeita, mas sem vento, saímos as 4h da manha de Pgua e chegamos em frente ao Museu do Mar em São Francisco as 15h pontualmente.
Fomos recepcionados pela marinha e pela curadora do Museu. Conversamos por um tempo e ,,,,,, zarpamos de volta kkkkkk.
Isso sim é que é bate/volta, nem de moto fazia isso geralmente passava o dia na praia e retornávamos ao fim da tarde, o problema é que já era fim da tarde.

Para ganhar um tempo, fomos ancorar em frente ao Capri, mas na baia e não no rio pois o catamaran estava com problemas no leme e não quis entrar, acabei ficando no canal também estava mais quebrado que arroz de 2a. Durante a viagem de ida, a Leandra encostou no rádio externo e quebrou suporte que ficava preso ao costado, e na volta durante a ancoragem ela foi desligar o rádio e na afobação entortou todos os pinos de conexão, resultado: não tem esse cabo no Brasil e custa quase que o valor do rádio todo.

Fazendo um levantamento, nesse tempo que o barco está na água ja tive problemas ou quebrei:
- Guincho (arrumei)
- Bomba de pé (arrumei)
- Chartplotter, vulgo gps (arrumei)
- Geladeira (ainda não arrumei, e ja foi uma baita grana)
- Piloto automático (acho que arrumei)
- Leme (arrumamos)
- Agora o rádio (espero arrumar)
Acho que foi só, 

Partimos novamente as 4h da manhã, imagine o cansaço. O problema é que a Leandra não descansou e nem eu, então foram 2 dias complicados. As 5:30 o sol nasceu mas estava nublado e as vezes chovia. Entramos em mar aberto com vento sudeste de 15 nós, então través, ótimo pra navegar e ondas de alheta (vem de traz, pela direita) essas fazem a maior bagunça pra pilotar, é desconfortável e o piloto não aguentou ai foi na mão até as 14h. Em seguida desliguei o motor e com as velas em cima mandamos ver na que foi a maior velejada que fizemos até hoje, sem dar um bordo sequer. 
Numa surfada chegamos a 10.2 nós e a todo momento entre 5,5 e 7 nós. Ai, lá pelas tantas, eu cansei e passei o leme pra Leandra, ela é habilitada e sabe pilotar,  porque eu estava cansado.

Rapidinho né?


Ai, como também sou um ser humano e filho de Deus, fui ao banheiro e "tentando" me ajeitar em meio a chacoalheira a Leandra começou a gritar que queria ajuda e que o barco ia virar. Respondi que não podia, que estava ocupado kkkkkkk.

Vira nada, veleiro não tomba naquelas ondinhas (eu acho) de 1,5 a 2 metros segundo o Windguru. O problema é que quando subia na onda, ele virava para a direita e pra arrumar tem que puxar TOOODO o leme e forte, mas a Le nao fazia o movimento todo e como o vento era de traves, ele embalava mais ainda, adernava, subia na outra onda e ia muito rápido, mas para o lado errado.

Quando sai do banheiro bati essa foto, escorada no cockpit, segurando na braçola e tentando manter o barco na linha kkkkkk


Com o barco adernado e o vento de través olha só a posição do colete salva vidas. Quase na horizontal


Aqui já estávamos perto da entrada do canal. Com vento, chuva, frio mas desta vez equipado com roupa de tempo, nao foi tão desconfortável, ainda tenho que arrumar uma botinha pra usar com meia e nao esfriar os pés e uma luva boa, meu eterno problema. 


A volta foi direto do Capri até Antonina, são 74 milhas até minha poita, dia anterior cansativo, mar agitado, sem piloto automático, sem experiência das mãnhas para não cansar muito foi o ó do borógodó, mas foi muito divertido e prazeroso, por mim, passava direto pela Boia 1, mas a Le ainda insiste que tem que trabalhar. Alguém tem que manter a sanidade né......

Aqui os nr. da viagem. Para meus amigos Ricardo Portela e Jose Prieto, que deram volta ao mundo,  147 milhas (em 2 dias) é nada e vivem me incentivando a ir mais longe, mas um passo de cada vez. O odômetro, está errado, uma vez resetei sem querer e ja marcava 301 milhas, mas o que vale agora é esse, 522 kkkkk.


Quando andava de moto superbike fazer 200km ja me detonava, ai comprei uma bigtrail e comecei a viajar para mais longe. E o que era longe começou a ter outro significado, até o que dia que fomos a Ushuaia onde fazíamos 1000km por dia, hoje meu desafio é fazer mais de 73 milhas dia (pouco mais de 135 km) kkkkkkkkk

Fizemos uma travessia acompanhado por mais 2 barcos, com comandantes experientes, em contato visual e por rádio, o que nos deu muita segurança. Meu problema ainda é avaliar a situação mas isso vem com o tempo.

Essas 73 milhas já é passado, o próximo porto é logo ali e como a imaginação voa kkkkk

Estou esperando as fotos dos outros participantes para postar, assim que ok, aviso por aqui.

T+

JD





terça-feira, 15 de setembro de 2015

Feriado de Setembro

Então,

É nóis de volta.
Não aconteceu nada de (muito) interessante nesse tempo, mas estivemos na agua, será que já está na hora de ficar além da Boia 1? Claro,,,,, so falta coragem e tempo kkkkkkk.

O tal de windguru não está acertando muito, se voce acompanhar a previsao de tempo para os proximos 7 dias, verá que muda TUDO, na real esse sistema esta prevendo as proximas 3 horas e olha lá, direção do vento e intensidade então está complicado acreditar.

Como já fazia 30 dias desde a ultima limpeza de casco, voltei a mergulhar, desta vez comprei o equipamento que me faltava e fui la pra baixo. Caaaaara do céu, não é facil não, o estofo na ilha do Teixeira acho que dura 5 minutos e começa uma puta correnteza novamente ai me ferrei, 90% do esforço vai para ficar parado. Nesse fds o Mauricio e a Vera estiveram conosco e para nossa surpresa e felicidade ja estão providenciando um barco tambem, a flotilha está aumentando hehehe.

Tai a prova do crime, uma agua antarticamente gelada, devidamente equipado para o mergulho e o piazinho lá firme e forte, mas batendo os queixos e aprontando.


 Tivemos também a cia do Renato e da Caci do veleiro Relax, amigos queridos que também estão nos finalmente para o zarpe. Churrasquinho a bordo, cerveja, bolo, pao de queijo,,, aaaaiii meu Deus, como se come a bordo.....



Feriado de 7 de Setembro

 E no feriado de 7 de setembro a esposa e filho viajaram e fiquei sozinho, então convidei novamente meu amigo Ronaldo para umas bandas, mas dessa vez sem encalhe hahahahaha
Fizemos outro passeio em torno da ilha do mel. Desta vez o mar estava (bem) mais agitado e ja na saida cruzamos 4 navios entrando e saindo. Vento até que tinha, uns 10 nós  mas ainda acho que estou errando na regulagem das velas, não ia muito rápido. Tracei a rota para Ilha Bela e ficamos nela aprox 1h, o Jarbas trabalhou bastante, só na vela deu 3,5 nós de media e o GPS nem mostrava a hora de chegada, com o mar picado as vezes enterrava a proa na agua laaaa embaixo, sorte que voltava kkkkkk

Outro teste que fiz foi entrar na cabine durante a velejada e SEM tomar remédio. Caaaaara, pensa num enjoo fulminante, tipo 4 segundos e bummm, tava feita a nhaca. Não cheguei a vomitar mas ficou ali pela boa, ai começou a chover. Coloquei a proteção lateral e o cock pit virou uma caixa de sapatos mais as velas bem na frente  não enxergava muita coisa ai deu outro enjoo e tive que desmontar o barraco e ficar no molhado mesmo. Meu Deus, que coisa horrível. Logo vou fazer um procedimento que me indicaram: tomar o remédio 2 dias antes do embarque e por 2 dias a bordo, no terceiro o labirinto já estaria acostumado. Será?

Abaixo estávamos chegando no famigerado canal da galheta.


 Ancoragem na Ilha das Peças. Demos umas bandas de botinho e fomos num restaurante,

Olha só o tamanho da caipira



Como já havia passado de 5 minutos sem fazer nada, resolvemos ira para guaraqueçaba ao fim da tarde e olha o por do sol que pegamos.



Como tempo está virado numa nháca, to eu ai, de roupa de chuva e muito frio.



Dá uma olhada no mar,,,, já que nao ha nada pra fazer, vamos limpar o barco, passar pano em tudo.


 E foi isso,

No feriado de 7/9 tivemos apenas uma tarde de vento o resto foi no motor,,, ninguem merece.

T+

JD


quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Enfim uma velejada decente

Então, 

FDS de novo e fomos mais para ficar no barco arrumando tudo e lavando do que velejar já que o WindGuru indicava uma calmaira dos diabos. Inicialmente não íamos passar da Ilha do Teixeira mas por causa do Marco resolvemos seguir adiante. 

Estamos com um problema com ele, por ser agitado e ter 6 anos, quer brincar em terra isto é,,, na areia e ja começou o dia dizendo: "Pai, vamos fazer castelinho na areia" mas que areia? Na baia de Pgua é raro um desembarque acessível a veleiro que tenha areia, que eu saiba só tem a Ilha das Peças distante 22 mn, longe pacas.

O WG até que de certo modo acertou, dá uma olhada nas fotos abaixo e vejam o mar de azeite,  mas foi passar a Ilha do Teixeira, distante 5mn que entrou um ventinho animador e lá foram as velas balançar.



Coloquei 2 U-boats no botinho e agora suspendo toda a parafernalha na targa de uma vez só. Sim fica pesado para um 28 pés, mas compensa, até o tanque de gasolina já fica lá dentro, é pratico, rápido e indolor e só baixar e sair. E se der alguma merda, passa a faca nos cabos, pula dentro e vaza. Agora sim, me animei em pegar esse trambolho todos os fins de semana.


E contrariando TODAS as previsões do sistema, esse foi o fds que mais velejei desde que colocamos o barco na água ha um ano. Pra quem não conhece nossa baia, que é linda, segue o mapa e o trajeto até a ilha das peças, Antonina está laaaaa no extremo canto esquerdo. Como temos que fazer muitos bordos, desviar de boias, navios, ilhotas etc chegamos as 19h na ilhas das peças, (antepenúltima seta no mapa) e passamos a noite la. 


Maravilha de velejada, como diz o ditado, "quem nunca comeu melado, quando come se lambuza" e mesmo com velocidade proxima a 4 nós eu me diverti bastante, mexendo a todo instante nas velas para ver como é que funciona essa bagaça. E o Marco, queria porque queria descer para a areia.

Tai o quadro resumo hehehehe


No domingo pela manha contatei o Veleiro Leva Vento (Neusa e Wagner). Estavam se deslocando da Ilha do Mel para a Ilha das Peças,  íamos nos encontrar lá. Partimos da Ilha das Cobras com outro ventão e fomos totalmente à vela. Com a praticidade de baixar o botinho já com motor e gasolina no jeito, foi só ir pra terra, mas ainda falta uma pecinha, as rodinhas do bote, ninguém merece puxar 80 kilos barranco acima.

Ancoragem na Ilha das Peças, o Leva Vento à frente e o Furioso laaaa atrás. 

Tai o casal, moram a bordo ha 1 ano, num 40 pês.


E finalmente o Marco pôs os pés em terra, isto é na areia, foi brincar com a criançada em frente ao restaurante. 

Ficamos pouco tempo para o azar do Marco e fomos ao Leva Vento pra pegar uns arquivos de carta náutica para o OPENCPN, programa excelente e GRÁTIS que indico a todos. Partimos por volta das 15h e 100m após levantar âncora subimos as velas, fomos da Ilha das Peças até Antonina com vento e vela em cima. Em terra a temperatura estava excelente mas quando começamos a navegar tive que colocar mais roupa e depois procurei, mas não achei minha toca (?), e começou uma baita dor de ouvido por causa do frio e depois a dor de cabeça.

Como o vento vinha de popa não sabíamos a força que estava e quando virei para baixar a vela mestra, caraaaaacas que canhão, estava muito forte.

Já na poita foi um parto de ouriço fazer a amarra, o marinheiro foi para auxiliar mas era novato e fez tudo errado, o barco não parava aproado para o vento de tão forte que estava e na 5a. tentativa conseguimos amarrar finalmente. Mais de 2 horas pra arrumar a bagunça e seguimos com o botinho pro clube. Essa hora é dura,,,, quanto já estamos nos acostumando com a vida a bordo, temos que deixar tudo pra trás e voltar pra realidade.

Nunca deixamos de fazer as aventuras por causa do clima, sempre fomos avante, fosse para mergulhar, andar de moto, bicicleta ou escalar e na grande maioria das vezes tivemos excelentes dias, se você se basear pelo que está a sua janela vai  desanimar nunca fará nada, então, levanta e vai.

É isso por hora e foi assim o fds.

T+

JD






quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Ilha do Mel

Então.....

Antes que eu me esqueça, eu TEEENHO que mostrar minha obra de arte. Após um ano consegui, fazer (2x) e finalizar a mesa de jantar que fica no salão principal do barco, logo apos a cozinha, quase ao lado da sala de navegação, e antes do camarote de proa, essa sim ficou como eu queria. Toda em madeira de cedro rosa, lixada e pintada com verniz, só isso. Ficou lindona mas tomou muito espaço, já tô pensando numa reforminha.....

Ó só...




E também faz tempo que estou pra tirar a foto abaixo, do barco na água com as faixas laterais e nome novos, além de ver a linha d´agua. Parece que o outro lado ficou com a linha mais alta porque estou com o paiol cheio de ferramentas, motor do botinho pendurado, tanque de diesel cheio, tanque de gasolina cheio, galão reserva de diesel cheio além do boiler ser de 30 litros que também vive cheio, só o holding estava vazio tudo isso de um lado só, tenho que ver melhor a distribuição.



E como nossa região esta negando vento, fui atrás dele. Demos a volta na Ilha do Mel. Um excelente passeio e desta vez acertamos em cheio em tudo. Com o casco limpo pegamos a vazante de 1,8m em Antonina, 6f. as 22h e "descemos" a ladeira a 7,8 nós de velocidade com 2500 rpm no motor, impressionante! Normalmente a essa rotação no estofo vai a 5 nós e maré contra 3,5 nós, olha só a diferença. Chegamos na Ilha das Cobras muuuito rápido.  Noite sem lua, não enxergava nada, absolutamente nada e achar o ponto de ancoragem foi um parto de ouriço, eu sabia que estava perto do pier da ilha, mas não o via nitidamente porque havia uma neblina fraca que não deixava a luz da lanterna chegar lá e a casa da ilha não acendeu a luz da varanda, então.... Como eu já conhecia o local estava sob controle e ancoramos bem. Cervejinha gelada, salgadinho bate papo e cama, como é bom dormir a bordo.

Abaixo está o roteiro que fizemos, após virar a bombordo na bóia 1, ponto mais externo, pegamos uma brisa fraca mas deu pra passear um pouco. Comigo estavam o Mauricio (vizinho) e o Thilo, um alemão (da Alemanha) que está fazendo um estagio na Bosh e vai ficar na casa do Mauricio por 6 meses. O interessante é que ele ria muuuito por causa da nossa pronúncia quando tentávamos falar algo em alemão, ai dizíamos para ele falar: Barigui, Caipirinha, Curitiba etc,,, ai era nossa vez rir muito, coisa de quem não tem o que fazer, veleiro tem disso. hahahahaha. 


Abaixo a esquerda está o Thilo e a direita o Maurício. O interessante é que deve ter algum problema na Bóia 1, tipo filial do triangulo das bermudas ou trabalho de encruzilhada lá em baixo, ou sei lá, porque o fato é que já é a 2a. pessoa que conheço que 1/2 metro após a bóia 1 chamou o amigo ugoooooo. Ainda não sei o que acontece com essa curvinha mas é danaaaada.

Ahh ficamos mais de meia hora pra achar a palavra BÓIA em alemão ,,,,,,, é bóia, fica ai minha contribuição para o meio náutico.


Aqui passamos pela Ilha da Galheta. O canal é temido e complicado, quando voltei de Porto Belo em fevereiro desse ano, o bicho estava pegando, maré vazante com ondas imensas, sorte que o Marcelo (skiper) tinha experiencia, senão podia ter sido bem mais complicado caso estivesse sozinho. Nas outras vezes que passei lá, foi "normal", com ondas claro, e muitas, mas perfeitamente normal para um mar aberto. Não pegamos nenhum navio dessa vez, mas quando saímos do canal avistamos 4 deles saindo, parecia carreata .... to dizendo...

Ó a cara do tempo, ninguém merece...

Ó a minha cara, depois que passamos o canal da galheta.


E aqui, chegando na bóia 1, a famigerada

Apos a bóia 1 viramos a bombordo e desliguei o motor, marquei um ponto no canal sueste, lado norte da ilha e tentei ir pra la à vela, claro que não deu certo né, esperava o quê? Nesse momento, 4,75 nós de velocidade. até que foi bom. Mas depois pensando em casa, se tivesse vira para o sul poderíamos ter ido a SC, mas fazer as coisas sem planejar não está nos meus planos. Fica pra próxima.


Fizemos alguns bordos e ficamos passeando em mar aberto, mas o vento sendo influenciado pelas ilhas e não ajudou muito. Esperamos a hora da enchente e seguimos para o canal. Esse lado da ilha eu não conhecia, é lindo até nublado, imagina com sol. Abaixo está o forte, tem o farol e mais uma estrutura (torre) que não sei o que é, uma hora volto lá. Já me disseram a baia de Paranaguá é a 5a. maio do mundo e tem muitos lugares pra visitar, pena que nem todos de veleiro, mas estou providenciando um bote, menor de fundo rígido, ai vou rapidamente a qualquer lugar.

Entramos pelo canal Sueste, ao norte da ilha e não consigo compreender porque os navios tem que passar na galheta. Sim,,, tem pedras, muitas, mas nada que a marinha não consiga explodir e limpar, a profundidade é de mais de 20 metros e laaaargo pra caramba, então fica ai a dica, caso 'alguém' la do porto não saiba......

Entramos também a zilhão de velocidade, mais de 6 nós facinho e seguimos para a ilha das cobras almoçar e esperar a maré voltar a encher, é,,, lá é por etapas, não me pergunte o por quê, basta olhar a tábua de marés e vai var que é a conta gotas.
Quando chegamos na poita temos que chamar o botinho de apoio do clube para nos pegar. Ocorre que o Thilo é campeao alemão de remo, então pusemos o cara pra remar hahahaha
Sacanagem, bote cheio, remo desalinhado, câmaras um tanto murchas e um longo caminho, sorte que a maré estava quase no estofo (parada).

Como desgraça pouca é bobagem, quando entramos no canal da rampa, chegou uma lancha para ser recolhida, e dá-lhe remar. Não é a toa que o cara é campeão


Fizemos um total de 62 milhas náuticas em 12h sendo 10h no motor (num veleiro???), só 2h a vela e exatos 24h entre sair da garagem de casa e retornar a ela. Realmente esse fds foi show, só faltou um pouco mais de vento e sol, ai sim que não voltava mais. hahahaha

Agora que sei o "caminho" vou com a Leandra e Marco, mas acertar as marés como a desse passeio vai ser difícil.

T+

JD