quarta-feira, 13 de maio de 2015

Feriado Dia do Trabalho, quase....

Então,

Mais um feriado e lá vamos nós com a lida no Furioso.
Combinamos com os vizinhos Mauricio, Nadine e crianças dar um rolê na baia. Descemos na 6f. para arrumar, limpar, consertar e melhorar o visual interno do barco. Dá só uma olhada nos armários  antes/depois. Vendo muitas fotos de barcos, alguns não possuíam portas nos armários por causa do mofo e resolvi fazer sem. Porém a vista não ficou como eu queria, achava que faltava algo e resolvi fazer as tais portinhas  e para evitar o tal mofo, quando saímos do barco deixamos tudo aberto, só isso.












Melhorou né?

Nos juntamos com o Reges, Rosane e Marina do veleiro Marina IX e fim da tarde fomos para a Ilha do Teixeira com a criançada. Comes, bebes, pão de queijo, bolo e um monte de etc. Já disseram que veleiro engorda, será? Ai o Reges inventou de subir no mastro com a tal cadeirinha. É muito fácil, você entra num fraldão que é a cadeirinha de alpinista, (30 anos atras eu usava uma dessas) faz um focinho de porco triplo para cada pé, ai você se apóia no pé direito e sobe o esquerdo, ai se apoia no pé esquerdo e sobe, puxando o focinho de porco para cima e junto a cadeirinha e teoricamente vai alternando os pés e puxando a cadeirinha pra cima, facin né? ......... Teoria meus caros, estou vendo que há muito disso no mundo náutico tipo: "Masss nããão cara, era só fazer assim e assim que dava certo" (??) ou  "Nããão, você fez errado, tinha que fazer assim e não assado (??)" e quem dava esses conselhos todos estava confortavelmente numa cadeira com amortecedor, braços e em TERRA FIRME. Ahhh vá, então tenta, mas faça, nada de teoria, porque de teoria estou tentando aprender a regular as velas e até agora nada.

Tai o Reges, tentando subir, até que subiu uma parte mas desistiu, o esforço foi tremendo, precisa de outros equipamentos tipo jumar (ascensor), oitão (freio para rapel). Esse é gente que faz. hehehehe


Desta vez fiquei a contrabordo do Delta com a ancoragem dele, uma ancora de 7,5kg e cabo. Esqueci de comentar nos posts passados mas fiz uma tremenda nháca no meu guincho de ancora, forcei demais quando travou em cima e quebrou o eixo, então agora está na mão a tarefa de recolhê-la e o pior é que está presa com sikaflex. Vai tirar....

A ancoragem não foi tranquila, batia muito com o barco amarrado ao outro, a situação piorou as 4h da manha quando o Reges pede pra liberar. Ai fui lá fazer a minha ancoragem e como havia outros barcos perto tivemos que fazer o procedimento 2x e nessa recolhida para a 2a. ancoragem detonei minhas costas enquanto puxava a corrente. Caracas! Realmente estou velho, desta vez me agachei e fiz do modo correto porém as costas já tinham reclamado, voltei rapidinho pra baixo do cobertor, é, cobertor por aqui anda frio.

Estou melhorando aos poucos, então, estava com uma leve dor de cabeça, corte na mão por causa da raspagem do fundo, costela detonada, costas travadas, ooooorra meu! O que mais falta?

No sábado pela manhã retornamos a Antonina pegar meus amigos e retornamos ao Teixeira fazer um churrasquinho e esperar a vazante das 14h com VENTOOOOO. 


Marco e Sofia


Na Ilha das Teixeira, esperando pela vazante das 14h



Naquele dia fomos a vela até a ilha das Peças, distante 15 milhas ou 3h a motor. Por causa dos canais tivemos que dar vários bordos e levamos muuuito tempo pra chegar lá. De novo os navios atrapalhando minhas manobras e chegamos na ilha as 19h, já bem escuro. Claro que errei o lado da ilha, não sei o que ativei no gps que apareceu um monte de pontos e isso está atrapalhando muito, pois polui a tela que é um horror, com a Leandra na proa com a Lanterna achamos o trapiche. Devidamente ancorados e desta vez o Marina IX amarrado a nós fomos pra sessão comilança, com 4 crianças a bordo ninguém pára muito tempo.

O projeto inicial era ir a Guaraqueçaba, mas pelo atraso nos bordos a vela por causa do contra vento, paramos no meio do caminho porque além de ser tarde eu já não aguentava mais que cansado.

Manhã seguinte resolvemos visitar a ilha do mel e prá la fomos, a motor, já que o vento sumira.
Tai o mapa da baia para que se localizem, senão só com o nome fica complicado pra quem não conhece a área. Coloquei a posição da ilha dos papagaios e onde encalhei. Conforme podem ver no mapa abaixo, pra chegar a Guaraqueçaba, a maneira indolor é esperar a vazante lá em Antonina e vir com ela até a ilha das Cobras e esperar a enchente para subir a Guaraqueçaba, se tiver vento então é show de bola, isto é, de vela


Chegamos na ilha do mel perto das 11h e tentamos, só tentamos,  nos aproximar pois a profundidade vem de 15 metros, 5 metros 1 metro e 30 cm em 5 segundos. Olha só o canalzinho que tem para atracar e veleiro não chega. Demos meia volta e fomos para uma prainha próxima.


Saindo da Ilha do Mel






Caaara, imagina 4 crianças num barco, imagine a zona


O canal da Galheta é assim: Quando não tem um navio pra encher o saco,,,, tem 2, e dos grandes.


Essa eu tenho que contar:

Quando estávamos ancorando com 50 cm de água, mas desta vez na maré baixa, vimos uma lancha próxima com um cara sozinho e limpando a embarcação, coisa rara de se ver em lancheiros. Nisso chegam 2 jets no maior pau, e deram um cavalo de pau NA FRENTE da lancha. 
Meu! Você não acredita no esporro que o lancheiro deu nos caras de jet, Caracas!! Ficou puto da vida, berrou mesmo dizendo que era perigoso, que poderiam ter se matado etc etc etc. nunca vi isso vindo de um lancheiro hahahahaha.

Bom, acalmado os ânimos do pessoal, voltamos pra nossa lida: fazer comida. Veleiro engorda mesmo, tenham cuidado. Enquanto a Rosana e Leandra preparam os comes e bebes, desembarcamos com as crianças na praia para que corressem um pouco, local muito bonito pra passar o dia, mas chegue na maré BAIXA, senão vai ficar enroscado mesmo.

Na volta para os barcos não resistimos e fomos cumprimentar o lancheiro, estava com material de limpeza numa mão, copão de whisky na outra e uma musiquinha para ELE ouvir e não a ilha toda. Demos os parabéns para ele pela atitude ai ele explicou que eram amigos mas mesmo assim meteu a boca. Era uma lancha 28 pés lindona, mas ele já estava de saco cheio e estava procurando um veleiro ,,,,,,, tai a explicação hahahahaha.


 No retorno ao Clube pegamos esse maravilhoso por do sol



E olha que bati com o celular, esse é o Marina IX, um delta 26



As imediatas

As 15h recolhemos âncora e seguimos para Antonina, Caaaara,,, é longe pacas, 23 milhas com maré contra, ai ninguém merece. Como o Delta é mais lento no motor fui na balada dele e a noite veio, com maré vazante e beeeemmm vazante, passamos o porto de Antonina já escuro e como não gosto da visão noturna do gps pois altera as cores do que é canal e baixio e o tico e teco se confundem, então comecei a mexer nele, mudei para diurno e baixei a luminosidade a 20% como lá fiz la na ilha dos papagaios e nessa de mexer adivinhaaaa....... perdi o sonar, igualzinho como lá na ilha dos papagaios, E com a maré secando, e secando meeesmo o bicho pegou, desliguei o Jarbas e fui no manual EM CIMA da linha de rota da GPSMAPAS e o Delta à minha direita uns 30 metros a boreste (lado direito) e eu pensando: "Ele não deveria estar alí", pouco tempo depois,,,, BUMMMM o Delta, bateu uma pedra, foi como se ele subisse no pedal de freio, a proa veio abaixo a popa laaa pra cima e parou, ok, era vazante e uma pedra mas estava parado.

Corri pegar meu cabo de 50 metros, baixar botinho, baixar motor, pegar tanque de gasolina, aquela correria toda. Ai vem outro problemas, maré vazante, marcha engatada e barco mantendo a posição, mas não podíamos ir para os lados por causa dos baixios. Nesse tipo de situação para o gps você está parado e ele fica sem referência de rumo, a linha de rota parece um limpador de parabrisa e a Leandra não conseguia estabilizar o barco. Eu e disse para se basear nas luzes la na frente e na lateral do porto, que ficasse ali enquanto íamos levar o cabo ao Delta para o Furioso puxá-lo da pedra. Tô craque em reboque hehehehe.

Quando estávamos chegando perto ele conseguiu sair sozinho, por sorte era uma pedra e não lodo, porque a maré ainda estava baixando e ia ficar lá até começar a enchente mais de 1h depois.

Passado o susto, seguimos para o clube, devidamente amarrados à poita desligamos o motor as 21h e o Reges avisa que o trapiche está no seco, isto é, não tinha como desembarcar por 1h pelo menos............
Quase peguei a churrasqueira pra continuar a comilança, mas ai teríamos que lavar tudo de novo, ixi! Melhor não.

Chegando em casa pesquisei melhor o problema do sonar. Uso o modelo  echomap 50s e haviam 18 correções desde que foi lançado, 18 (?) eu ja tinha atualizado até a 3.70  e ja está na 4.5. É muita incompetência da empresa. Acho que fazem o lançamento de qualquer jeito e depois os clientes vão arrumando o sistema. Fica a lição, ver o site periodicamente.

Esse foi um bom fds, boa companhia e alguma aventura e mais aprendizado, vamos indo, no contra vento, mas sempre adiante.

T+

JD



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