Então,,
4 dias de feriado, 9 veleiros, 3 lanchas, todo mundo merece né? Uma vez, não sei onde (nem me interessa mais) vi uma reportagem dizendo que o brasileiro era feliz porque tínhamos futebol, muitos feriados e praia, Bom,,,, o cara era estrangeiro, na próxima vida, se ele nascer por aqui, saberá porque somos felizes e não em apenas em um fds passado por aqui, enfim, cada um, cada um.
Chegamos no domingo a noite e olha só o tamanho da bagagem para apenas 4 dias, imagina quando formos passar as próximas férias, programadas para 20 dias embarcados, hehehe.
Como chegamos beeeem tarde, o Marco já estava entregue e como somos regidos pelas leis de Murphi, a maré estava seca, muito seca, então tivemos que levar tudo isso laaaaa no pier 2 além de ter que pegar o bote de apoio e descer a rampa toda enlameada e como se não bastasse, montar o dog house (parabrisa) e o bimini (toldo de lona) as 1h da manhã.
Dia seguinte, domingão lindo. A programação era passar o fds na Ilha Rasa, numa festa de aniversário de um velejador que tem casa la, e foi a tropa toda. Saí logo atrás do Relax, do Renato, porque estava com receio de ter neblina mais pra frente e como ele tem radar, fui na cola. Tem gente que não gosta de eletrônicos, eu adoro. Com a maré vazante, chegavamos facinho a 7,5 nós, isso era 50% a mais de velocidade que normalmente faz o barco no estofo e sem o menor esforço do motor que estava a 60% de aceleração, é uma diferença absurda.
Em 2 horas e meia chegamos ao Porto de Paranaguá o que normalmente faziamos em 4 horas e com o Jarbas instalado, podemos desfrutar de momentos como este. Como nem tudo são rosas, tem que ficar ligado em 220 e cuidando todo tempo pois o piloto automático é só pra manter o rumo.
Chegamos na ilha das Peças ainda pela manhã e saímos caminhar e comer, desta vez sem as famigeradas Butucas mas com alguns "pórvinhas" que incomodavam muito. Aqui estamos preparando a ancoragem e ainda sem o guincho de âncora.
A ilha das peças tem uma ancoragem não tão tranquila mas dá pra passar a noite e é virada em restaurantes. Há controvérsias de qual é melhor na comida, no atendimento, se atende $$omente algun$$ etc etc etc, eu não quero tapete vermelho e banda, só quero comida quente e cerveja gelada e que seja servida em tempo hábil, para não vir crua ou demorar demais, só isso. Acho que não é pedir demais né?
E nesse restaurante fomos muito bem servidos.
Fim de tarde na ilha das Peças e o povo já ancorado.
E no domingo pela manhã, saímos bem cedo, para pegar e enchente e nos empurrar para a Ilha Rasa, olha só como estava o tempo, tudo trocado. A foto abaixo era do norte (nosso lado direito), normalmente tem tempo bom, pois a frente fria vem do sul. Foto feia, cinza, carregada sem a menor graça e todos nós no motor.
Essa foto é do Oeste (para frente), olha só a linha das nuvens.
E essa do Sul (lado esquerdo), com sol, cor, vida e animação. O barco abaixo é do André, o Sunmar, de 31 pés.
Esse é o Relax, um Skipper 30 impecável do Renato
E aqui a família buscapé.
É "nóis" na foto.
Um estranho no ninho hahahahaha. Essa lancha estava conosco lá na Ilha da Peças, amigo de um amigo. O cara acordou super tarde, fez o café, tomou sem pressa alguma e zarpou, contou até 10 e chegou aonde estávamos, pois havíamos saído uma eternidade antes. Quando se aproximada perguntou como ele deveria passar pelos 5 barcos da flotilha e um respondeu: "Passa fazendo um zigue zague entre os veleiros" e outro disse, "gente, não atira,,, é amigo" hahahaha. Chegou na boa e para o desespero dele nós acompanhou a meros 5 nós.
O Marco no "camarote" de convés.
Chegando na Ilha Rasa
E aqui a flotilha já ancorada
O Andre, do Sunmar, comprou 4 peixes de um pescador, um deles ainda vivo e fez na grelha. Eu já tinha ouvido que peixe fresco, sem ter tido contato com o gelo era muito mais saboroso, mas comer um peixe assim é difícil, tem que pegar com o pescador e na hora. Confesso que fiquei surpreso com a diferença de gosto, é muito mais gostoso, até me animei a aprender a pescar, mas isso é outra historia.
Estou pensando em trocar o meu botinho, ele tem 2,7 metros pesando 35 kilos e um motor de 8hp de 28 kilos mais o tanque de combustível de 12 litros, Em mar calmo até que é viável colocá-lo a bordo mas se estiver mexido fica perigoso. O Marco adora dar umas voltas com ele, principalmente quando plana, ai o moleque fica faceiro por isso estou com aperto no coração em fazer a troca, mas um bote de 2m com motor de 5hp, sem o tanque ia ser de uma ajuda imensa.
E aqui, minha última obra de arte: A mesa de jantar. Após 10 meses do lançamento do barco na água a obra ainda não terminou. Eu havia feito uma em compensado com fórmica mas sabe quando você olha, olha, olha e não se convence? Comprei 3 tábuas de Cedro Rosa e fiz outra, com já tinha o molde foi fácil e numa manhã estava pronta, agora é só dar acabamento. Passei a manhã instalando ás pressas e quando pronta para o café da manhã, a Leandra disse: "Ahh não, café da manhã é lá fora." E a mesa continua virgem......
O Prieto, do Tutatis, tem um drone e fez esse vídeo da ilha e da ancoragem. Vale a pena ver.
Ficamos 4 dias embarcados, com um pessoal prá lá de gente boa e entre eles 3 que deram a volta ao mundo de veleiro (A Famila Portela que publicou o livro Três anos, três oceanos, Prieto do veleiro Tutatis e o Crespo) e assunto tínhamos para uma vida toda.
Foram 9 Veleiros e 3 lanchas, 60 milhas de navegação num espetacular feriado, pena que sem vento, assim fica difícil aprender a velejar né? Mas valeu a pena, comprovei que meu sistema de baterias é somente para fds, mais que isso vai faltar energia, então terei que fazer mais algumas instalações: Mais 2 baterias, placas solares maiores e um gerador eólico potente assim posso manter a geladeira na potência máxima o dia todo. Tenho geladeira e vaso sanitário elétricos que não abro mão, tem gente que não tem e não sente falta. Eu sinto hehehe, e ainda faltam: AIS, SSB, sonar reserva, e outros brinquedinhos.
Foi isso, agora o Furioso vai pra terra para algumas manutenções corretivas e preventivas. Logo estaremos na água de novo.
T+
JD